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domingo, 22 de maio de 2011

PECADOS PÚBLICOS

Pecados públicosNão reclamo. Apenas constato. Tem ficado cada vez mais difícil a gente se reconciliar com os erros cometidos. O motivo é simples. A vida privada acabou. O acontecimento particular passa a pertencer a todos. A internet é um recurso para que isso aconteça. Os poucos minutos noticiados não cairão no esquecimento. Há um modo de fazê-los perdurarem. Quem não viu poderá ver. Repetidas vezes. É só procurar o caminho, digitar uma palavra para a busca.Tudo tem sido assim. A socialização da notícia é um fato novo, interessantíssimo. Possibilita a informação aos que não estavam diante da TV no momento em que foi exibida.
A internet nos oferece uma porta que nos devolve ao passado. Fico fascinado com a possibilidade de rever as aberturas dos programas do meu tempo de infância. As imagens que permaneciam vivas no inconsciente reencontram a realidade das cores, movimentos e dos sons.
Mas o que fazer quando a imagem disponível refere-se ao momento trágico da vida de uma pessoa? Indigência exposta, ferida que foi cavada pelos dedos pontiagudos da fragilidade humana? Ainda é cedo para dizer. Este novo tempo ainda balbucia suas primeiras palavras.
O certo é que a imagem eterniza o erro, o deslize. Ficará para posteridade. Estará resguardada, assim como o museu resguarda documentos que nos recordam a história do mundo.
Coisas da contemporaneidade. Os recursos tecnológicos nos permitem eternizar belezas e feiúras.
Uma fala sobre o erro. Eles nascem de nossa condição humana. Somos falíveis. É estatuto que não podemos negar. Somos insuficientes, como tão bem sugeriu o filósofo francês, Blaise Pascal. O bem que conhecemos nem sempre atinge nossas ações. Todo mundo erra. Uns mais, outros menos. Admitir os erros é questão de maturidade. Esperamos que todos o façam. É nobre assumir a verdade, esclarecer os fatos. Mais que isso. É necessário assumir as conseqüências jurídicas e morais dos erros cometidos. Não se trata de sugerir acobertamento, nem tampouco solicitar que afrouxem as regras. Quero apenas refletir sobre uma das inadequações que a vida moderna estabeleceu para a condição humana.
Tenho aprendido que o direito de colocar uma pedra sobre o erro faz parte de toda experiência de reconciliação pessoal. Virar a página, recomeçar, esquecer o peso do deslize é fundamental para que a pessoa possa ser capaz de reassumir a vida depois da queda. É como ajeitar uma peça que ficou sem encaixe. O prosseguimento requer adequação dos desajustes. E isso requer esquecer. Depois de pagar pelo erro cometido a pessoa deveria ter o direito de perder o peso da culpa. O arrependimento edifica, mas a culpa destrói.
Mas como perder o malefício do erro se a imagem perpetua no tempo o que na alma não queremos mais trazer? Nasce o impasse. O homem hoje perdoado ainda permanecerá aprisionado na imagem. A vida virtual não liberta a real, mas a coloca na perspectiva de um julgamento eterno. A morbidez do momento não se esvai da imagem. Será recordada toda vez que alguém se sentir no direito de retirar a pedra da sepultura. E assim o passado não passa, mas permanece digitalizado, pronto para reacender a dor moral que a imagem recorda.
Estamos na era dos pecados públicos. Acusadores e defensores se digladiam nos inúmeros territórios da vida virtual. Ambos a acenderem o fogo que indica o lugar onde a vítima padece. A alguns o anonimato encoraja. Gritam suas denúncias como se estivessem protegidos por uma blindagem moral. Como se também não cometessem erros. Como se estivessem em estado de absoluta coerência. No conforto de suas histórias preservadas, empunham as pedras para atacar os eleitos do momento.
O fato é que o pecador público exerce o papel de vítima expiatória social. Nele todas as iras são depositadas porque nele todas as misérias são reconhecidas. No pecado do outro nós também queremos purgar o pecado que está em nós. Em formatos diferentes, mas está. Crimes menores, maiores; não sei. Mas crimes. Deslizes diários que nos recordam que somos território da indigência. O pecador exposto na vitrine deixa de ser organismo. Em sua dignidade negada ele se transforma em mecanismo de purificação coletiva. É preciso cautela. Nossos gritos de indignação nem sempre são sinceros. Podem estar a serviço de nossos medos. Ao gritar a defesa ou a condenação podemos criar a doce e temporária sensação de que o erro é uma realidade que não nos pertence. Assumimos o direito de nos excluir da classe dos miseráveis, porque enquanto o pecador permanecer exposto em sua miséria, nós nos sentiremos protegidos.
Mas essa proteção que não protege é a mãe da hipocrisia. Dela não podemos esperar crescimento humano, nem tampouco o florescimento da misericórdia. Uma coisa é certa. Quando a misericórdia deixa de fazer parte da vida humana, tudo fica mais difícil. É a partir dela que podemos reencontrar o caminho. O erro humano só pode ser superado quando aquele que erra encontra um espaço misericordioso que o ajude a reorientar a conduta.
Nisso somos todos iguais. Acusadores e defensores. Ou há alguém entre nós que nunca tenha necessitado de ser olhado com misericórida?



PARA REFLETIR:

"Na primeira noite eles se aproximam


e roubam uma flor

do nosso jardim

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem;

pisam as flores,

matam nosso cão,

e não dizemos nada.

Até que um dia,

o mais frágil deles

entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a luz, e,

conhecendo nosso medo,

arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada."



Eduardo Alves da Costa

sexta-feira, 20 de maio de 2011

CASAR COMEMORA BODAS DE ESTANHO


Aconteceu dia 18 de maio, a abertura do CASAR2011, idealizado por Vera Simão, no Terraço Daslu. Entre os convidados que conheceram em primeira-mão as exclusividades da 10ª edição do evento, estavam Fernanda Paes Leme, Caco Ricci, Oscar Magrini, Gigi Monteiro, Isabelle Stein e Maurício Manieri, Fábio Arruda, Fat Family, Carol Steig e a ex-BBB Janaína.

Crédito: Marina Malheiros



EVENTO CASAR COMEMORA 10 ANOS


Andréia Nóbrega para a Black Tie


São Paulo, maio de 2011 – Entre os dias 19 e 22 de maio acontece no Terraço Daslu, em São Paulo, a décima edição do evento CASAR. Idealizado pela empresária Vera Simão, o CASAR2011 é o evento mais sofisticado do país e conta com mais de 100 expositores do segmento, que apresentarão produtos e serviços para realizar todos os sonhos que envolvem os preparativos de um casamento, desde o convite até a lua-de-mel.
                                                                            Gigi Monteiro para a Black Tie
Para comemorar a Bodas de Estanho do evento e a ascensão do mercado de casamento, estima-se que movimente cerca de R$ 10 bilhões ao ano, segundo a ABRAFESTA - Associação dos Profissionais, Serviços para Casamento e Eventos Sociais, o CASAR2011 traz inúmeras novidades e dicas importantes para os noivos que querem organizar o casamento com sucesso e surpreender os convidados.


                                                            Carol Steig para Perólas Noivas


Entre as novidades, vestidos com tecidos Dior; de princesa da Disney; ternos com tecidos Vanquish II, onde o corte chega a valer 75 mil euros; convite escrito em ouro; convite feito em chocolate, canapés lapidados como joias e adornados com ouro comestível, bolsas banhadas em ouro; talhares entalhados em ouro e prata; maquiagem para filmagem em HD, grandes peças exclusivas da Design by Somers, em estanho, para o décor da casa; bolo em formato de torre com gavetas, tecnologia em 3D para fotos e filmagens, bar feito em gelo, entre outras novidades.


                                                       Cacco Ricci para Ricardo Almeida
                                                                      Walter Rodrigues


                                         Fábio Arruda, Vera Simão, Dora Moreno e Oscar Magrini

                                                        Samara Costa e Fernanda Paes Leme


                                        Luciana Salton, Fábio Arruda, Helô Pinheiro e Fátima Salton

                                                                           Vinícius Rojo